Outubro Rosa: como a Reprodução Assistida ajuda mulheres a serem mães após o câncer de mama

O principal foco dos tratamentos de câncer é preservar a vida do paciente. Porém, nos últimos anos uma nova preocupação além dessa surgiu, que é a qualidade de vida após o tratamento e obtenção da cura.

Essa questão tem sido debatida porque as técnicas atualmente utilizadas para tratar tumores malignos afetam significativamente a sobrevida. Um dos problemas observados é a interferência negativa da fertilidade. Em muitos casos a pessoa não consegue mais ter filhos depois do câncer.

Porém, existem alternativas para que o sonho de ter um filho seja realizado. É sobre este assunto que vamos conversar neste artigo, para que você compreenda de que forma a reprodução assistida pode ajudar mulheres a serem mães mesmo depois de desenvolverem câncer de mama. Continue lendo para saber mais.

O câncer de mama e a fertilidade

O câncer de mama é uma das principais causas de morte no mundo, sendo que a estimativa é de que mais de 7 milhões de pessoas venham à óbito em função desse tipo de tumor. Ele é o segundo que mais afeta mulheres ao redor de todo o globo, inclusive no Brasil.

O seu tratamento envolve técnicas diferentes, como a remoção cirúrgica dos tumores, quimioterapia, radioterapia e medicamentos para bloquear a função ovariana. Por isso, obter a cura do câncer de mama pode comprometer outras funções orgânicas.

A fertilidade das mulheres é afetada temporária ou definitivamente por esses tratamentos. Isso porque a exposição à radiação e a aplicação de certas substâncias traz prejuízos para o sistema reprodutor. Além disso, quando a mulher apresenta mutação em genes que se associam ao câncer de ovário, um dos procedimentos adotados é fazer a retirada deles.

É por isso que o câncer de mama afeta negativamente a qualidade de vida das mulheres, mesmo depois que elas obtêm a cura. O desejo de ter um filho de forma natural fica comprometido, mas com os avanços alcançados pela reprodução assistida é possível para essas mulheres vencer mais essa luta.  Veja como é feito o congelamento de Óvulos em diferentes casos.

 

Como ter um filho após o câncer de mama

Como você pôde ver, tanto o câncer de mama como seu tratamento trazem prejuízos para o organismo e a fertilidade da mulher. Todavia, a Oncofertilidade é uma especialidade médica que nasceu com o intuito de preservar a fertilidade das pessoas que desenvolveram câncer.

Por meio de técnicas de reprodução assistida é possível que a mulher engravide depois de obter a cura da doença, e quando já não existe mais o risco de uma recidiva. Mas essa é uma decisão que precisa ser tomada assim que se obtém o diagnóstico da doença.

Isso porque a principal técnica adotada é o congelamento de óvulos, que permite preservar gametas saudáveis da mulher para que eles sejam utilizados no desenvolvimento de embriões depois que ela se tratar do câncer.

Porém, os óvulos são obtidos por meio da estimulação ovariana, e ela somente é indicada para mulheres que não desenvolveram tumores sensíveis aos hormônios utilizados nessa técnica.

Suas células são coletadas e congeladas, quando ela decidir e puder ter uma nova gestação, são mais uma vez descongeladas e fertilizadas com o gameta masculino para que o embrião se desenvolva e seja implantado no útero.

Mas é muito importante optar pela criopreservação assim que se obtém o diagnóstico do câncer e antes de dar início ao tratamento. Além disso, é essencial escolher uma clínica de confiança para ter a certeza de que todos os procedimentos serão realizados de acordo com a legislação

Também é fundamental conversar com um especialista para que ele possa avaliar caso a caso e definir se de fato o congelamento dos óvulos é uma técnica possível, ou se existem outras alternativas par que a mulher possa ter um filho depois do câncer de mama.

De toda forma, as técnicas de reprodução assistida trazem uma esperança para quem precisa vencer esse período difícil e não quer abrir mão do desejo de ter um filho. Mas é importante ter o suporte de especialistas experientes para que cada caso seja tratado com respeito e ética.

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Doutor Armindo Dias Teixeira

Médico ginecologista formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e especialista em medicina reprodutiva e cirurgia minimamente invasiva.

Dr. Armindo
Dias Teixeira


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