Fertilização In Vitro (FIV)

O que é Fertilização in Vitro (FIV)?

A fertilização in vitro (FIV) é um dos tratamentos que compõem o grupo de tecnologias de Reprodução Humana. Ela consiste em fecundar o óvulo fora do corpo, para somente depois que o embrião começar a se formar, inseri-lo no útero constituindo a gravidez.

Quando se fala em reprodução humana, esse tratamento é considerado um dos mais completos, principalmente por oferecer, em 45% dos casos, boas chances de sucesso. Porém, esse número pode variar de acordo com a idade de cada mulher.

O método é bastante difundido, pois possui um bom custo-efetividade para quem deseja constituir família, ou ter mais um filho por vias naturais e não consegue. Isso em comparação com outros métodos de reprodução humana.

Indicação da Fertilização in Vitro

Antes de fazer a indicação de um tratamento de reprodução humana, o casal é instruído a tentar a gravidez por vias naturais. O acompanhamento de um ou mais profissionais pode auxiliar nessa tentativa.

Assim, são realizados exames tanto na mulher quanto no homem, e também são indicados medicamentos, mudanças de hábitos e até mesmo cirurgias quando preciso. É recomendado tentar o coito programado e a inseminação artificial.

Entenda a diferença entre Fertilização in Vitro e Inseminação artificial.

Se em nenhum desses casos o casal conseguir a gravidez, então, a FIV é o tratamento mais indicado. Também é preciso entender que, um casal é considerado com problemas de fertilidade quando não consegue uma gravidez por via natural no período de um ano, e se a mulher tiver menos do que 35 anos, ou por seis meses, caso ela tenha mais de 35.

Por isso, na maioria das vezes a FIV não é o primeiro método a ser utilizado quando o casal anseia por um filho. Mas ela é uma alternativa quando outras tentativas não surtiram efeito positivo. A fertilização in vitro (FIV) geralmente é indicada em casos de:

  • alterações no sêmen;
  • baixa concentração de espermatozoides;
  • espermatozoides com motilidade reduzida ou morfologia inadequada;
  • homens que fizeram vasectomia;
  • obstrução na saída dos espermatozoides;
  • homens azoospérmicos;
  • danos ou obstrução das tubas uterinas;
  • mulheres que fizeram laqueadura;
  • endometriose;
  • pouca quantidade de óvulos;
  • baixa qualidade dos óvulos;
  • algumas doenças genéticas;
  • alterações de cariótipo;
  • infertilidade sem causa aparente (ISCA).

Apesar de a FIV ser indicada, em grande parte dos casos, apenas depois de outras tentativas, também pode ser que o especialista indique esse tratamento como primeira opção. Isso porque não há uma regra a ser seguida, mas sim, atende-se a necessidade de cada casal.

Por isso, é importante ter o suporte de um especialista para que se possam analisar as causas da dificuldade para a gravidez, bem como optar pelo método ideal, que ofereça maiores chances de sucesso. Assim, o ideal é quando o casal decidir ter um filho, consultar o ginecologista e o urologista para tentar de forma natural.

Quando o método falhar, então, o especialista em reprodução humana deve ser consultado para adotar novas medidas, e observar mais a fundo porque o casal não consegue engravidar.

Procedimento da Fertilização in Vitro

O tratamento de fertilização in vitro não é demorado. Todo o processo tem duração de 20 dias em média, mas é preciso monitoramento frequente, com diversas visitas à clínica para que cada etapa ocorra no tempo ideal.

Para desenvolver o embrião, podem ser utilizados os óvulos da mulher ou de uma doadora, assim como o espermatozoide do parceiro ou de um doador. Isso é definido apenas se não houver a possibilidade de utilização das células do próprio casal.

As etapas da FIV se dividem em:

  • estimulação ovarina
  • captação dos óvulos;
  • captação de espermatozoides;
  • fecundação dos óvulos;
  • fecundação dos óvulos;
  • transferência de embriões.

Estimulação ovariana

A primeira etapa da fertilização in vitro consiste em incitar o organismo da mulher para que ele libere um grande número de óvulos. Para isso, ela recebe o hormônio FSH, a fim de estimular o crescimento dos folículos ovarianos.

Esse mesmo hormônio é utilizado para a inseminação artificial, porém, na FIV sua dose é mais alta para que se possa obter um maior número de óvulos. E depois disso, a mulher precisa ser acompanhada quase todos os dias pelo médico.

Isso porque é fundamental que se observe o crescimento folicular para que assim que ele atinja o tamanho adequado, possa ser administrado mais um hormônio, agora o HCG. Ele estimula a maturação das células e induz a ovulação, ou seja, a liberação dos óvulos. Essa etapa tem cerca de 10 dias de duração.

Para saber mais, assista ao vídeo abaixo:

Captação dos óvulos

Depois que a mulher recebe o hormônio HCG, essa etapa é agendada para as próximas 34 ou 36 horas. Isso possibilita que os óvulos sejam coletados assim que a ovulação acontecer, sendo que eles são extraídos dos ovários.

A mulher recebe uma sedação e anestesia para aliviar dores e incômodos. Então, o especialista realiza a punção ovariana utilizando uma agulha guiada pelo equipamento de ultrassom transvaginal.

Por sucção, o líquido dos folículos ovarianos é coletado, e junto dele os óvulos. Essas células ficam reservadas em tubos de ensaio para que os embriologistas façam sua análise posteriormente. Então, as células são colocadas em um ambiente de cultura e levadas para a estufa, aguardando a fertilização. Em cerca de meia hora é possível coletar vários óvulos.

Para captação dos espermatozoides, o homem deverá produzir uma amostra de sêmen para ser utilizada na fertilização dos óvulos. É preciso uma abstenção de ejaculação de 3 a 5 dias antes da data da coleta. O esperma também é conservado em meio apropriado para manter a qualidade dos espermatozoides.

Fecundação do óvulo

Depois de obtidas as células femininas e masculinas, então é o momento de fecundar os óvulos. Para isso, ambas as amostras são colocadas em incubadoras para que o processo ocorra de forma natural, com o espermatozoide procurando o óvulo.

Porém, pode acontecer de a taxa de fertilização ser baixa, e quando há essa suspeita, a injeção intracitoplasmática é utilizada. Nesse caso, o embriologista escolhe um espermatozoide e o injeta no óvulo para tentar a fertilização.

As células são monitoradas para que se possa observar se realmente ocorreu a divisão celular, pois é isso o que indiciará que a fertilização foi um sucesso e dará início à formação de um embrião.

Transferência de embriões

Cerca de 3 a 5 dias depois de confirmada a fertilização do óvulo, é feita a transferência de um ou mais embriões para o útero da mulher. Essa etapa é considerada indolor, embora algumas mulheres possam sentir cólicas leves, então, não é utilizada anestesia ou sedação.

O incômodo é semelhante ao do provocado pelo exame de Papanicolau, e para realização dessa etapa, a mulher deve estar com a bexiga cheia, para que o aparelho de ultrassom possa captar imagens. A transferência é feita por meio de um tubo flexível, que é introduzido no útero pelo orifício externo do colo. Com auxílio de uma seringa, o líquido onde estão os embriões é injetado no útero para que aconteça a implantação.

Entenda o processo no vídeo abaixo:

É recomendado que a mulher permaneça em repouso relativo por 2 dias, evitando atividades de impacto como:

  • prática de exercícios;
  • subir e descer escadas;
  • levantar pesos;
  • ter relações sexuais.

O especialista pode recomendar medicamentos para suporte da gravidez, mas ela apenas é confirmada cerca de 9 a 12 dias depois, por meio de exame. 

Outros temas relacionados à Fertilização

Além da Fertilização in Vitro (FIV), existem outros dois métodos fundamentais para que o casal possa realizar o desejo de ter filhos, sendo eles a Ovodoação e a Reserva Ovariana.

Ovodoação

Em alguns casos, é possível utilizar as células do casal (óvulos e espermatozoide) para que o procedimento seja realizado. Em outros, é necessário utilizar as células de um doador, mas não somente homens doam esperma, porque as mulheres também podem fazer a doação de seus óvulos.

A mulher doadora não pode conhecer a receptora, ou vice versa. A doação é sempre anônima e com base nas características físicas do casal, e seu tipo sanguíneo, para escolher a doadora ideal em cada caso.

A doação de óvulos é um procedimento recomendado para mulheres que desejam engravidar, mas que por algum motivo não podem usar seus próprios óvulos.

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Reserva Ovariana

A reserva ovariana é o número de folículos que a mulher tem no seu ovário. Ao nascer, as mulheres apresentam em torno de 2 milhões de folículos primordiais no seu ovário. Na menarca, ou seja, no período da primeira menstruação, esse número já caiu para 400 mil. Isso é normal, existe uma diminuição da reserva ao longo da vida da mulher.

A reserva ovariana tem vários marcadores, o principal marcador é a idade da mulher. Sabe-se também que a diminuição dos óvulos ocorre durante a vida, até chegar à época da menopausa, onde há esgotamento total dessa reserva.

A contagem da reserva ovariana é muito importante, a preocupação reprodutiva tem que ser constante.

Para saber mais informações sobre o assunto, clique AQUI.

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