Inseminação Artificial

O que é Inseminação Artificial?

A inseminação artificial (IA) ou inseminação intrauterina (IIU) é um método utilizado para facilitar o encontro do espermatozoide com o óvulo e possibilitar a gravidez. A técnica é utilizada quando um casal possui problemas de fertilidade, mas não tão expressivos que impeçam que a fecundação aconteça no corpo da mulher.

Isso porque, neste método, o encontro entre óvulo e espermatozoide ocorre de forma natural, na trompa uterina. O processo é feito de forma parecida com a relação sexual, já que o sêmen é introduzido no útero para que os espermatozoides se locomovam e um deles consiga fecundar o óvulo.

Porém, para que as chances de fecundação sejam maiores, existe um preparo tanto da mulher quanto do sêmen. Essa intervenção do especialista ajuda a verificar se houve a ovulação naquele dia, e se o sêmen do parceiro é de boa qualidade e possui a quantidade ideal de espermatozoides.

Esse tratamento é considerado relativamente simples, já que não é preciso fazer a coleta de óvulos, e o processo de fecundação ocorre no organismo e não em meio de cultura, como no caso da fertilização in vitro.

Quando o casal apresenta dificuldade para engravidar, esse tratamento pode ser indicado pelo especialista, porque facilita o encontro entre óvulo e espermatozoide. Porém, como não é feita a coleta das células femininas, é necessário que mulher tenha pelo menos uma trompa normal para que a fecundação ali aconteça.

Também é preciso que o homem tenha pelo menos 5 milhões de espermatozoides móveis para cada ml de sêmen. Essa característica é analisada por meio do espermograma, que observa tanto a quantidade como a motilidade dos espermatozoides.

Para aumentar as chances de fecundação do óvulo, é preciso que as células masculinas apresentem motilidade de pelo menos 40%. Já a morfologia estrita de Kruger deve estar acima de 4%. Quando isso não acontece, a inseminação artificial não é indicada, porque as chances de sucesso reduzem expressivamente.

Indicação de Inseminação Artificial

A inseminação artificial é indicada em vários casos, entre os principais estão:

Distúrbios da ovulação

O ciclo menstrual da mulher, quando regulado, possibilita que ela ovule regularmente, sendo mais fácil programar uma gravidez. Porém, algumas mulheres apresentam o ciclo irregular, o que dificulta calcular o período fértil e reduz as chances de engravidar.

Também há casos em que a ovulação é irregular, podendo falhar alguns meses. Uma das causas para isso é a Síndrome do Ovário Policístico. Neste caso, também é mais difícil acontecer a gravidez, já que a relação sexual pode não coincidir com o dia da ovulação.

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Muco espesso

O organismo da mulher produz naturalmente um muco no colo uterino. As características desse muco mudam ao longo do mês, de acordo com o período em que a mulher se encontra. Sendo o próximo muco no dia da ovulação, ele se torna mais líquido e cristalino para facilitar a locomoção dos espermatozoides.

Algumas mulheres apresentam muco espesso mesmo no período fértil, e isso impede que os espermatozoides cheguem às trompas. Assim, eles acabam não conseguindo atingir o óvulo e não acontece a gravidez.

Alterações no sêmen

Pequenas alterações do sêmen também recebem indicação de tratamento como a inseminação artificial. Isso porque, como é feito o preparo do sêmen e ele é injetado diretamente no útero da mulher, as chances de gravidez são maiores do que nas relações sexuais.

Mas essas alterações não podem ser expressivas, porque é necessário uma quantidade mínima de espermatozoides para que exista chance de sucesso. Também é preciso que sejam células saudáveis para conseguirem se locomover pelo organismo feminino.

Produção independente

Também chamada de reprodução independente, trata-se dos casos em que a mulher deseja ser mãe, mas não quer a participação do homem na criação do filho. Nesse caso, ela precisa de um doador anônimo para que tenha o sêmen a ser utilizado na inseminação.

Casais homossexuais femininos

No caso da união entre duas mulheres que desejam ter um filho, a inseminação artificial também é indicada. Aquela que deseja engravidar é submetida ao procedimento, sendo que os espermatozoides são obtidos, na maioria das vezes, pelo banco de esperma.

Nesse caso, segue basicamente o mesmo sistema do que na reprodução independente. O doador é anônimo e escolhido pelas parceiras, segundo suas características físicas. Então, no dia fértil da mulher, é feita a introdução do sêmen para tentar a gravidez.

Como funciona a Inseminação Artificial?

Para que seja realizada a inseminação artificial, o primeiro passo é examinar o sistema reprodutor da mulher e a qualidade do esperma do homem. Isso mostrará se o tratamento é possível, já que, como dito, a fecundação do óvulo acontece da mesma forma como na relação sexual.

O tratamento da inseminação artificial começa no segundo dia do ciclo menstrual da mulher. Durante 9 ou 10 dias ela receberá doses diárias do hormônio FSH, para estimular o crescimento dos folículos ovarianos, onde estão os óvulos.

Nesse período, a cada 2 ou 3 dias a mulher se submete ao exame de ultrassom para analisar o crescimento folicular. Quando 1 ou 2 atingirem o tamanho ideal, é aplicado outro hormônio, o HCG, que estimulará a maturação do óvulo e sua liberação.

Isso ocorre cerca de 36 horas após a aplicação do hormônio, então, 2 horas antes da previsão para ela acontecer, é feita a coleta e preparo do sêmen. Em laboratório é realizada a seleção dos espermatozoides com melhor formação e maior motilidade.

Esse sêmen de alta qualidade é introduzido no útero da mulher. Para isso, o especialista utiliza um cateter muito fino, por onde o líquido é injetado. O procedimento é indolor, causando um ligeiro incômodo como na realização do exame de Papanicolau.

Após o sêmen ser injetado no útero, a mulher precisa permanecer cerca de 20 ou 30 minutos deitada, para que os espermatozoides tenham tempo de se locomoverem até as tubas uterinas. Depois disso, ela pode seguir com sua rotina normal até que possa realizar o exame para confirmação da gravidez.

As chances de sucesso do método variam em função da idade da mulher e giram em torno de 20%. Como há a estimulação dos folículos, pode acontecer de vários apresentarem crescimento, o que pode levar a uma gestação múltipla.

A inseminação artificial é um procedimento mais acessível do que a fertilização in vitro, é menos invasivo e apresenta boas chances de sucesso para que o casal realize o sonho de ter um filho.

Dr. Armindo
Dias Teixeira


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