Histerossalpingografia

O que é Histerossalpingografia?

A histerossalpingografia (HSG) é um exame ginecológico que utiliza a tecnologia do raio-x em combinação com contraste, para que se possa observar a cavidade uterina e as trompas. O intuito é analisar a presença de alguma anomalia nesses órgãos.

Em função dos métodos que antigamente foram adotados, a HSG ganhou fama de ser um exame doloroso, o que fazia, e ainda faz, com que muitas mulheres prefiram não realizá-lo. Porém, as técnicas evoluíram bastante.

Hoje, esse exame é realizado em pouco tempo, de forma simples, e não oferece riscos consideráveis. Algumas mulheres relatam que, durante o procedimento, sentiram dores semelhantes a uma cólica menstrual.

Isso porque os materiais utilizados são mais delicados e maleáveis, a técnica é menos invasiva e o contraste utilizado é hidrossolúvel. Assim, é possível visualizar com sucesso toda a anatomia do sistema reprodutor da mulher, e a paciente tem alta no mesmo dia.

Para realização da HSG, é preciso agendar a data do exame para uma semana após a menstruação, e antes da ovulação. Assim, ele costuma ser feito entre o 6º e o 12º dia do ciclo menstrual.

No caso das mulheres que não ovulam, o exame pode ser feito em qualquer fase do ciclo, e em casos específicos, o médico recomendará a data ideal, pois ela pode variar de acordo com o organismo da mulher.

A HSG é contraindicada para mulheres grávidas, afinal, o contraste utilizado é composto por iodo e precisa ser injetado no útero. A combinação dele com o raio-x pode provocar deformidades no feto.

Mulheres que apresentam corrimento vaginal, ou em caso de suspeita de infecção pélvica, não devem realizar este exame, uma vez que o contraste pode conduzir as bactérias para o útero e as tubas uterinas.

Histerossalpingografia: Indicação

É muito comum que a HSG seja indicada para investigar a fertilidade feminina. Através dela, é possível avaliar se existem anomalias que estejam impedindo a gravidez, ou dificultando a fecundação do óvulo.

Durante o exame, o especialista verifica o formato do útero, se as tubas uterinas estão obstruídas, se há dilatação ou se o trajeto está alterado. Essas são algumas possibilidades que podem favorecer a infertilidade.

Porém, o médico também pode solicitar o exame caso a mulher sofra com abortos constantes e espontâneos. Então, a histerossalpingografia permite investigar as causas deste problema e de outras anormalidades no útero, sejam congênitas ou adquiridas.

Como funciona a Histerossalpingografia?

Para a realização da HSG, o médico solicita que a paciente faça uma preparação, a fim de possibilitar melhor a investigação do aparelho reprodutivo, com boa visibilidade. Além disso, o preparo também evitará complicações e imprevistos. Algumas instruções são:

  • informar ao médico se estiver grávida ou com suspeita de gravidez;
  • alertar sobre o uso de medicamentos;
  • relatar casos de inflamação, DSTs e alergia ao iodo;
  • tomar um laxante no dia anterior, prescrito pelo médico, a fim de favorecer a visibilidade dos órgãos;
  • evitar relações sexuais nos dias anteriores ao exame;
  • estar com a bexiga vazia no momento do exame;
  • remover objetos e acessórios de metal do corpo.

Para evitar os desconfortos e cólicas, pode ser administrado um analgésico, anti-inflamatório ou anestesia endovenosa que estimulará a sedação. De toda forma, recomenda-se à mulher relaxar e manter-se calma para não aumentar a sensibilidade e percepção da dor.

Para realização do exame, a mulher deve estar deitada em posição ginecológica. É feito um rápido exame da pelve, e introduzido o espéculo para manter o canal vaginal dilatado. Em seguida, um cateter fino e flexível é inserido no orifício do colo do útero para que seja injetado o contraste iodado.

Essa substância é um contraste radiológico, que ajuda a mapear o aparelho reprodutor enquanto o percorre. Ele possibilita observar os órgãos e a cavidade uterina sob vários ângulos, por meio das radiografias.

Por ser hidrossolúvel, esse contraste reduz o risco de infecções e também provoca menos dores para a mulher. O líquido é ligeiramente aquecido, para evitar que o útero se contraia com alguma mudança de temperatura.

Para observar lugares específicos, o médico pode solicitar à paciente que mude de posição, a fim de estimular o líquido a mover-se para onde é preciso examinar. Depois de analisadas todas as partes, o cateter é removido e a mulher recebe alta.

Todo o exame leva em torno de 20 a 30 minutos. Após sua realização, o médico pode indicar o uso de um antibiótico para evitar infecções. Se as cólicas se manifestarem, é recomendado que a mulher consulte o seu médico.

Para garantir ainda mais conforto para a paciente durante a HSG, é recomendado o uso de um espéculo de plástico descartável, porque ele é mais flexível do que o de metal. Assim o exame se inicia mais confortável.

É importante realizar a histerossalpingografia em um laboratório de confiança, para evitar que o procedimento seja doloroso, desconfortável ou traga complicações.

Também pode acontecer de, em caso de obstrução das tubas uterinas, a mulher sentir dor no local onde aconteceu a pressão em função do contraste. O especialista deve estar bem preparado para saber como agir nesses casos.

Entretanto, como dito, o exame pode ser realizado com a administração de medicamentos que ajudem a reduzir as dores e desconfortos. Por isso, optando por um bom profissional, a HSG é realizada com sucesso e sem complicações para a mulher.

 

Dr. Armindo
Dias Teixeira


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